sábado, 6 de junho de 2015

Tomorrowland - Um Lugar Onde Nada é Impossível

Filme da Disney, pra mim, é sempre diversão garantida. É sentar por 90/120 minutos, rir, se emocionar, ter esperança e, principalmente, refletir e aprender.
Não existe um filme Disney que não passe uma lição de moral importante ou seja um banho de esperança e otimismo para uma sociedade resignada e pessimista: o mocinho ganha no final, a princesa encontra seu príncipe, feras aprendem a se deixar serem amadas, piratas vêem o lado bom de ser bom.
E Tomorrowland é exatamente isso: uma imensa, colorida, divertida e emocionante propaganda de otimismo.
A narrativa segue a heroína Casey Newton, otimista nata, filha de um engenheiro da NASA, irmã mais velha e contestadora por natureza que, após se apossar de um pin, se vê transportada para uma realidade paralela, um mundo futurista, com ruas limpas, cidadãos educados e, aparentemente, tudo grátis.
Numa visão rasa, o filme parece apenas diversão-família numa Sessão da Tarde, mas visto com vontade e gosto, o filme é uma aula.
Durante as 2 horas de filme, a(boa) teimosia e sua curiosidade de Casey, misturada a um idealismo pouco visto nas pessoas de hoje, nos faz questionar a nós mesmos, com temáticas do tipo "aceitamos o futuro que nos é dado por que vemos ele como destino inevitável?" e outras perguntas que seriam apropriadas numa aula de filosofia.
A eterna lição humana de "as crianças são o futuro" e "temos o bem e o mal dentro de nós, vence quem a gente deixa vencer" é discutida ao longo do filme ad infinito. E isso é bom, pois parece que estamos esquecendo disso ao passar dos anos.
Na parte técnica, o filme não peca muito. Os efeitos estão ótimos, as atuação, impressionantes (inclusive para o grande elenco de crianças do filme), e o roteiro prende. O único pecado é o mal desenvolvimento do personagem de Hugh Laurie, que não chega a ser nem o vilão, nem um herói. Ele fica naquela margem mediana que a sociedade num geral está. Ele é o contra-ponto perfeito para o personagem de George Clooney, que também é o passado e o presente, cheio de otimismo, mas que perdeu as esperanças.
O outro contra-ponto de Clooney é a pouco-conhecida Britt Robertson, na personagem de Casey Newton, que já trabalhou em Pânico 4 e no seriado Under the Dome. Ela representa o presente e o futuro, a sociedade otimista e persistente que devemos construir, os jovens que, hoje, serão os construtores do amanhã.
E, pra fechar, uma frase que aparece no primeiro ato do filme, do grande e genial Albert Einstein, usada como mantra pela Disney e seus afiliados e que, certamente, engloba todo o espírito do filme: "Imaginação é mais importante do que conhecimento".
Não deixem de imaginar, não deixem de sonhar, não deixem de fazer.

Nota: 8,5/10

Nenhum comentário:

Postar um comentário