quarta-feira, 29 de julho de 2015

Se

Queria só poder falar
Gritar ao mundo
Fazer real, acreditar
De sonho tornar
Em algo que eu possa tocar

O que mais queria
Eu tudo faria
Pra te fazer confiar
Quanto eu não daria
Se eu pudesse te fazer me amar?

terça-feira, 28 de julho de 2015

Doce

Sutilmente doce
Descem o rio
O abraço que aquece
O casal que adormece
Um nos braços do outro
Tão belo e tão pouco
Mas para os dois
É tudo que desejariam
Em todo o mundo
Em qualquer Universo
Em toda a realidade
Em qualquer verdade

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Presente

De tanto pedir o Universo cansou de mim
Tome aqui, rapaz chato, ele me falou
Tome e não perturbe o Espaço

Endireitou os dados pra sorte mudar
Espero que fique satisfeito, ele disse
Depois disso aí não tem desfeito

Mas é só uma em 57 mil, ele advertiu
Então aproveite
Tem gente que não ganha a vida toda
Para que você possa ter recebido
Esse presente

Dieta

A gente passa fome
Não desiste
Morre o tempo
Entre um prato e outro
A gente não conta hora
Minutos se tornam eras
Aquele pacote de biscoito
Aquele, que tava na prateleira?
Já era

domingo, 26 de julho de 2015

Rápido

Tudo tão rápido
Tão ontem
Tô atrasado
Me pego divagando
E com isso perco tempo
Não posso
Pois o mundo é tão rápido
Que só nesse meio-tempo
Já estou retardatário

sábado, 25 de julho de 2015

Linhas tortas

Cada linha torta escrita
Que achas vazia, besteira
Afirmo, confirmo, repasso
São perfeitas como um abraço
Dado assim, meio de lado
Timidamente
Me abrem as janelas do ser
Estico meus braços pra te envolver
Pra pegar em cada pedaço seu
Uma linha torta que você escreveu

Confusão

É tão tranquilo
Parece tão certo
Mas tanto
Que eu espero que não se acabe
Pois a confusão do mar
Que se destrói diariamente na praia
Seria pequena
Pro tamanho da confusão
De não poder te amar

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Verbo

Do meu abrir
Ao meu fechar
Do meu pensar
Ao meu sentir
Do meu sorrir
Ao meu penar
Não tem verbo
Mais comum pra mim
Do que o verbo "amar"

terça-feira, 21 de julho de 2015

Desejograma

Fala como se fosse verdade
Espera na minha porta
Leva meu ser além
Ingressa na minha rotina
Perdida rotina do meu ser
Pede para ficar
E preenche pra sempre meu viver

No coração

Não vou escrever para lembrar
A memória se pensa eterna
Vou anotar para celebrar

O que se esquece
Nunca foi lembrado, na verdade
E o que perdura
É a verdade do que foi guardado

Não vou escrever para lembrar
Pois é impossível de esquecer
A lembrança ocorre na mente
E é no coração que me ocorre você

domingo, 19 de julho de 2015

Será?

Incerto não quero
Espero
De certo
Externo?
Não posso
Mais perto
Desejo
Interno
Exponho
De perto
Te espero
Será

Só um sonho?