Todo espaço é muito
E todo passo é curto
Na distância de duas pessoas
Que se amam
demais
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Inestimável
Artista altruísta
Que cede sua Arte
Ao mundo, grátis
Por só saber
Que bom é pensar,
Refletir e ver
Que na verdade
A Arte é grátis
Mas o Saber
Ah....
O Saber não tem preço
Que cede sua Arte
Ao mundo, grátis
Por só saber
Que bom é pensar,
Refletir e ver
Que na verdade
A Arte é grátis
Mas o Saber
Ah....
O Saber não tem preço
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Semeador de letras
Um dia me perguntaram o que eu fazia da vida. Eu respondi: sou escritor!
Mas a pessoa ficou confusa. Ela nunca havia visto um livro meu publicado, uma história minha em algum lugar ou mesmo uma entrevista de rodapé de página em qualquer lugar.
"Você é escrito?", indagaram, naquela voz meio insegura que ao mesmo tempo faz uma pergunta e uma afirmação, escondida no submundo da descrença.
Eu ri e sacudi a cabeça, confirmando, já que não era de se espantar que a pessoa não entendesse realmente o porque de eu afirmar aquilo. Nem eu próprio entendia há muito pouco tempo atrás.
Eu realmente não tenho nada publicado, não tenho uma história minha em algum lugar e nem sequer dei uma entrevista de rodapé de página em qualquer veículo de informação. Mas eu sou um escritor.
Veja bem, uma profissão é algo que você cede seu tempo, seu conhecimento e suas habilidades em troca de dinheiro. Onde estava o dinheiro da minha escrita? Porque o tempo e as habilidades já estavam sendo empregadas, afinal.
O dinheiro não existia, pois eu fazia a minha arte por mim mesmo. Mal sabia eu que isso era só um pedaço do caminho que leva alguém a ser um Escritor, com E maiúsculo mesmo. Um escritor é o bicho mais inseguro do planeta, tanto que ele demora a se autodenominar tal.
É só quando a gente passa a perceber que não basta sermos nosso próprio público que abrimos as portas. Mas ainda há a insegurança. Muitos "saem do armário" com pseudônimo, comigo também foi mais ou menos assim (P O Sora, e não meu nome escancarado).
Mas ai a timidez e a insegurança morrem (ou são assassinadas) e você passa a mostrar e ver que você não precisa realmente da chancela de ninguém pra escrever, afinal, escrever é uma arte, e a arte não precisa de aprovação (apesar de haver interpretações de que a arte só está finalizada quando é interpretada pelo interlocutor, isso é pra pensar mais tarde).
Foi aí que eu percebi que eu realmente poderia começar a me considerar um Escritor, apesar de não ter nada em meu nome. Eu tinha esse blog, oras, mas eu ainda queria algo na estante. Eu queria meu nome na seção de literatura nacional das grandes livrarias. Veja bem, isso não é por ego nem nada, é pura questão de "trabalho terminado", como em qualquer profissão, afinal, não editar o livro é o mesmo que construir uma casa, mas deixar de colocar os tijolos em alguns lugares. A casa pode até permanecer de pé um tempo, mas ela vai cair e voltar a estaca zero em breve.
Bom, aí vieram as perguntas: "mas se você só quer seu nome publicado, por que você mesmo não imprime?". Eu rebatia com um singelo "você aceita pagar pra trabalhar?". A pessoa prontamente respondia com um "não" enérgico, claro, e assim eu assentia com a cabeça e um sorriso de canto de boca.
Escrever é um trabalho, não é mágica, não existe uma musa da inspiração (ou nove) pairando no ar. É árduo e trabalhoso como qualquer outro trabalho. Eu não aceito pagar para trabalhar.
E foi assim que eu comecei minha busca por editoras, para finalmente ter meu nome publicado com minha história que eu sempre quis contar ao mundo. E eu nunca desisti, porque eu acho que o mundo precisa saber dessa história. Não é a toa que ela me atormenta há 10 anos, desde os 14, pedindo, gritando pra ser publicada! Ela quer ser contada.
E uma história que quer ser contada é mais forte do que mil elefantes empurrando por uma porta de aço e diamante. Não existe força na terra capaz de parar uma ideia quando ela precisa ser dita. E quando uma ideia precisa ser compartilhada, ela precisa ser semeada, e é daí que nascem novas ideias e novos futuros e novos novos.
E assim, todos os dias da minha vida, enquanto minhas ideias precisarem ser ditas, eu responderei às pessoas que indagaram e ficarem confusas quanto ao que eu faço: sou escritor!
Mas agora posso afirmar que não só isso. Além de escritor eu sou semeador.
Mas a pessoa ficou confusa. Ela nunca havia visto um livro meu publicado, uma história minha em algum lugar ou mesmo uma entrevista de rodapé de página em qualquer lugar.
"Você é escrito?", indagaram, naquela voz meio insegura que ao mesmo tempo faz uma pergunta e uma afirmação, escondida no submundo da descrença.
Eu ri e sacudi a cabeça, confirmando, já que não era de se espantar que a pessoa não entendesse realmente o porque de eu afirmar aquilo. Nem eu próprio entendia há muito pouco tempo atrás.
Eu realmente não tenho nada publicado, não tenho uma história minha em algum lugar e nem sequer dei uma entrevista de rodapé de página em qualquer veículo de informação. Mas eu sou um escritor.
Veja bem, uma profissão é algo que você cede seu tempo, seu conhecimento e suas habilidades em troca de dinheiro. Onde estava o dinheiro da minha escrita? Porque o tempo e as habilidades já estavam sendo empregadas, afinal.
O dinheiro não existia, pois eu fazia a minha arte por mim mesmo. Mal sabia eu que isso era só um pedaço do caminho que leva alguém a ser um Escritor, com E maiúsculo mesmo. Um escritor é o bicho mais inseguro do planeta, tanto que ele demora a se autodenominar tal.
É só quando a gente passa a perceber que não basta sermos nosso próprio público que abrimos as portas. Mas ainda há a insegurança. Muitos "saem do armário" com pseudônimo, comigo também foi mais ou menos assim (P O Sora, e não meu nome escancarado).
Mas ai a timidez e a insegurança morrem (ou são assassinadas) e você passa a mostrar e ver que você não precisa realmente da chancela de ninguém pra escrever, afinal, escrever é uma arte, e a arte não precisa de aprovação (apesar de haver interpretações de que a arte só está finalizada quando é interpretada pelo interlocutor, isso é pra pensar mais tarde).
Foi aí que eu percebi que eu realmente poderia começar a me considerar um Escritor, apesar de não ter nada em meu nome. Eu tinha esse blog, oras, mas eu ainda queria algo na estante. Eu queria meu nome na seção de literatura nacional das grandes livrarias. Veja bem, isso não é por ego nem nada, é pura questão de "trabalho terminado", como em qualquer profissão, afinal, não editar o livro é o mesmo que construir uma casa, mas deixar de colocar os tijolos em alguns lugares. A casa pode até permanecer de pé um tempo, mas ela vai cair e voltar a estaca zero em breve.
Bom, aí vieram as perguntas: "mas se você só quer seu nome publicado, por que você mesmo não imprime?". Eu rebatia com um singelo "você aceita pagar pra trabalhar?". A pessoa prontamente respondia com um "não" enérgico, claro, e assim eu assentia com a cabeça e um sorriso de canto de boca.
Escrever é um trabalho, não é mágica, não existe uma musa da inspiração (ou nove) pairando no ar. É árduo e trabalhoso como qualquer outro trabalho. Eu não aceito pagar para trabalhar.
E foi assim que eu comecei minha busca por editoras, para finalmente ter meu nome publicado com minha história que eu sempre quis contar ao mundo. E eu nunca desisti, porque eu acho que o mundo precisa saber dessa história. Não é a toa que ela me atormenta há 10 anos, desde os 14, pedindo, gritando pra ser publicada! Ela quer ser contada.
E uma história que quer ser contada é mais forte do que mil elefantes empurrando por uma porta de aço e diamante. Não existe força na terra capaz de parar uma ideia quando ela precisa ser dita. E quando uma ideia precisa ser compartilhada, ela precisa ser semeada, e é daí que nascem novas ideias e novos futuros e novos novos.
E assim, todos os dias da minha vida, enquanto minhas ideias precisarem ser ditas, eu responderei às pessoas que indagaram e ficarem confusas quanto ao que eu faço: sou escritor!
Mas agora posso afirmar que não só isso. Além de escritor eu sou semeador.
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Lição de Lewis
Sequer abrir o coração
É estar disposto ao não-perdão
É estar consciente
De que pode não ser
É saber de tudo isso
E não temer
Amar por si só já é temor
Mas o temor que por si só
já é coragem
Que cria em nós virtude
E que sozinho une e reparte
Podes querer não amar
Podes querer não sofrer
Achar que trancando seu ser
seu coração
Não terás que distribuir perdão
E, realmente, seu coração se tornará
Mais forte, mais duro, mais por si
Mas não só mais, ele também será
um fim
E que fim espera o coração morno
Senão o mesmo fim do coração duro?
Pois a única certeza da não-dor
É também o não-amor-puro
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Forma
No fim do dia, o que deseja meu corpo
Não é só a maciez da coberta, o conforto
Um abraço, um toque, um olhar de retorno
Que volte aqui pros meus olhos sedentos
E no fim do dia, o que minha sede deseja
É algo que preencha tudo, que não só seja
Que passe além do ser, além do é, além do ar
Além da vontade, do querer, do amar
Transcendental, utópico, transbordantemente
exótico
Mais que o normal, tão ótimo, beiradamente
caótico
Tão natural, e óbvio, queria mesmo em mente
um tópico
explanar
Meu amor, você me oferece,
da forma que se descreve
em rimas
Um prazer imenso na forma mais básica
de amar
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Da Cor
Ei, meu amor
Vem ver a flor
Que já brotou
Na pura cor
Foi seu brilhar
No meu olhar
Tão ao falar
Me fez sonhar
Vem ver tecer
O amanhecer
Do grande ser
O sol
Meu sol de amor
Meu sol da flor
Meu sol da cor
Da cor do seu amor
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
O Som da Solidão
Esse som que não é completo
só repleto
Que não se sabe onde cabe, nem acaba
só abafa
Que não é, que não foi
Que não se basta só por si
Que precisa arrancar um pedaço
de mim
Que sempre me atormenta, não sei d'onde
não sei pr'onde se vai
Mas sei que vem para tentar minh'alma
Tentar suada a batalha, que sei que vai perder
Pois comigo meu amor,
comigo seu amor,
comigo meu querer,
comigo seu amar, seu respirar
e seu ser
só repleto
Que não se sabe onde cabe, nem acaba
só abafa
Que não é, que não foi
Que não se basta só por si
Que precisa arrancar um pedaço
de mim
Que sempre me atormenta, não sei d'onde
não sei pr'onde se vai
Mas sei que vem para tentar minh'alma
Tentar suada a batalha, que sei que vai perder
Pois comigo meu amor,
comigo seu amor,
comigo meu querer,
comigo seu amar, seu respirar
e seu ser
domingo, 22 de setembro de 2013
6 meses
Se apaixonar como se fosse o primeiro dia
Amar como se fossem 50 vidas
Abraçar como se fosse a última vez
Soltar e esperar a próxima vez
Amar como se fossem 50 vidas
Abraçar como se fosse a última vez
Soltar e esperar a próxima vez
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
As Aventuras de Pi
Depois de muito tempo (e muitas insistências), finalmente assisti As Aventuras de Pi (Life of Pi, no original e, sinceramente, muito mais interessante como nome).
Primeiramente, preciso dizer que, no geral, o filme é bom e ponto. Não é nada demais e foi MUITO superestimado por muita gente. Talvez, como livro, funcione muito melhor, mas no cinema, só o que salvou mesmo foi a poesia visual.
Aliás, é no visual que o filme ganha muitos pontos, por conseguir traduzir toda a filosofia poética presente no livro, o que nos leva para a temática do filme: fé.
O filme começa com um pressuposto muito prepotente: Pi nos contará uma história que nos fará acreditar em Deus. A partir desse momento, a audiência já deve estar dividida, pois religiosos e pessoas de fé não precisam disso, e ateus convictos também não vão dar muita bola pra história.
A seguir, vemos o desenrolar de uma narrativa [bem] fantasiosa (e totalmente irreal em vários pontos), mas interessante, sem dúvidas, deixando a cargo do telespectador, no final, decidir entre um discurso duplo (e tendencioso), o qual não vou citar para não dar spoilers.
O mérito do filme definitivamente não é o roteiro. Talvez a atuação do jovem ator que passa o filme todo contracenando com um tigre digital (aliás, fantasticamente criado a partir do nada), a direção de Ang Lee que conseguiu, não sei como, amarrar esse filme e com certeza a parte visual que enche o que deveria ser a monótona viagem de um náufrago, durante 2 horas de filme. Mas, com certeza, não sentamos duas horas para ver um desfile de imagens bonitas.
No final, As Aventuras de Pi é na verdade uma tentativa de vender arte num cinema que agrade a todos. Essa mistura, por si só, é muito perigosa e precisa ser muito bem montada. Infelizmente, não foi o sucesso de Ang Lee nesse momento.
A sensação que tive ao levantar da sala, após ver o filme, foi de ter sido enganado por 2 horas. Com uma belíssima história, claro, mas de qualquer modo, enganado. Pois qualquer pessoa sã veria que aquela não é a história real.
Nota final - 6/10
Primeiramente, preciso dizer que, no geral, o filme é bom e ponto. Não é nada demais e foi MUITO superestimado por muita gente. Talvez, como livro, funcione muito melhor, mas no cinema, só o que salvou mesmo foi a poesia visual.
Aliás, é no visual que o filme ganha muitos pontos, por conseguir traduzir toda a filosofia poética presente no livro, o que nos leva para a temática do filme: fé.
O filme começa com um pressuposto muito prepotente: Pi nos contará uma história que nos fará acreditar em Deus. A partir desse momento, a audiência já deve estar dividida, pois religiosos e pessoas de fé não precisam disso, e ateus convictos também não vão dar muita bola pra história.
A seguir, vemos o desenrolar de uma narrativa [bem] fantasiosa (e totalmente irreal em vários pontos), mas interessante, sem dúvidas, deixando a cargo do telespectador, no final, decidir entre um discurso duplo (e tendencioso), o qual não vou citar para não dar spoilers.
O mérito do filme definitivamente não é o roteiro. Talvez a atuação do jovem ator que passa o filme todo contracenando com um tigre digital (aliás, fantasticamente criado a partir do nada), a direção de Ang Lee que conseguiu, não sei como, amarrar esse filme e com certeza a parte visual que enche o que deveria ser a monótona viagem de um náufrago, durante 2 horas de filme. Mas, com certeza, não sentamos duas horas para ver um desfile de imagens bonitas.
No final, As Aventuras de Pi é na verdade uma tentativa de vender arte num cinema que agrade a todos. Essa mistura, por si só, é muito perigosa e precisa ser muito bem montada. Infelizmente, não foi o sucesso de Ang Lee nesse momento.
A sensação que tive ao levantar da sala, após ver o filme, foi de ter sido enganado por 2 horas. Com uma belíssima história, claro, mas de qualquer modo, enganado. Pois qualquer pessoa sã veria que aquela não é a história real.
Nota final - 6/10
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Canção da Estrada
É muito amor e muita estrada
Muita coragem e pouca tralha
Muita saudade em cada olhada
O mesmo oi que cura, mata
Mão em mão
Meus pés no chão
Não, não, não
Esses nunca estão
Toda estrada é curta a vida
Pra dividir contigo a ida
Sempre te quero e tenho dito
Tanta estrada, muito riso
Chão, sem chão
Meu coração
Tão, tão, tão
Seu com razão
Seu com razão
Seu com razão
Muita coragem e pouca tralha
Muita saudade em cada olhada
O mesmo oi que cura, mata
Meus pés no chão
Não, não, não
Esses nunca estão
Pra dividir contigo a ida
Sempre te quero e tenho dito
Tanta estrada, muito riso
Meu coração
Tão, tão, tão
Seu com razão
Seu com razão
Seu com razão
domingo, 28 de julho de 2013
Todas as Cores
Eu não era triste antigamente,
Mas hoje sou muito mais feliz
Foi então naquele dia,
Minha vida quase por um triz
Não sou de poucas palavras,
Mas hoje só digo bis
Antes já era cor,
Mas hoje uma caixa de giz
Usa minhas cores, descobre meu tom
Pinta meus céus de verde e salmão
Cria meus rios, transforma meu ar
Retira o nublado com seu sol lumiar
E tenta
Tenta e descobre que toda essa cor
Que antes era uma caixa de doze
Hoje é um Caran D'ache de amor
quarta-feira, 12 de junho de 2013
O primeiro
Mesmo depois, ainda dispara meu peito
Mesmo então, ainda sinto meu desejo
Mesmo na frente, ainda espero seu beijo
Mesmo em todo, sempre te desejo do meu lado
Não nego, eu tenho o maior amor do mundo
Graças a você, que me ensinou a amar
Não omito, não minto, você é o meu querer
É tudo, é meu amor, é meu dom te ter
Te espero no infinito do olhar
Desse esperto, de lado, astuto
Que eu sei que sabes dar
Meu desejo é o seu querer
Meu inteiro, meu único
Meu doce desejo de saber
Por você até o fim
Com você até o final
O primeiro seu, o primeiro nosso
O primeiro amor longe do mal
Mesmo então, ainda sinto meu desejo
Mesmo na frente, ainda espero seu beijo
Mesmo em todo, sempre te desejo do meu lado
Não nego, eu tenho o maior amor do mundo
Graças a você, que me ensinou a amar
Não omito, não minto, você é o meu querer
É tudo, é meu amor, é meu dom te ter
Te espero no infinito do olhar
Desse esperto, de lado, astuto
Que eu sei que sabes dar
Meu desejo é o seu querer
Meu inteiro, meu único
Meu doce desejo de saber
Por você até o fim
Com você até o final
O primeiro seu, o primeiro nosso
O primeiro amor longe do mal
terça-feira, 4 de junho de 2013
Minh'alma
Não manda minh'alma, não
Não manda minh'alma voltar
Pois sem ela eu até vivo
Mas você sem ela só está
Não manda pra mim, meu amor
Não manda
Deixa ela com você, deixa lá
Pois seu amor preenche
O que minh'alma saiu pra acompanhar
Então deixa minh'alma contigo
Deixa minh'alma junto a tua
Deixa as duas abraçadas
Completa minha felicidade preenchendo a sua
Até que voltem os dois, você e minh'alma
Deixa da sua comigo um pedaço
Pois já me basta só um pedaço
Do que completo me fascina
Não manda minh'alma voltar
Pois sem ela eu até vivo
Mas você sem ela só está
Não manda
Deixa ela com você, deixa lá
Pois seu amor preenche
O que minh'alma saiu pra acompanhar
Deixa minh'alma junto a tua
Deixa as duas abraçadas
Completa minha felicidade preenchendo a sua
Deixa da sua comigo um pedaço
Pois já me basta só um pedaço
Do que completo me fascina
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Meu eterno-pra-sempre
Quando um mês é maior que uma vida
E um momento é mais importante que todo um dia
E apenas o seu sorriso vale mais que todo ouro
Parece brega, eu sei, mas você é meu tesouro
E pra sempre eu te quero do meu lado
Ou, como você diz, pra eternidade
Porque você mesmo já me disse uma vez
Que o pra sempre, sempre acaba
Mas o nosso pra sempre é além de vida
É além de mundo, é além de morte
Nosso pra sempre é além de universo
Nosso pra sempre dura mais que esses versos
Todos esses e muitos outros
Que já fiz e que farei
Todos versos, frases e poemas
Que do meu coração pra você cantei
Por mim escreveria esse poema para sempre
Pois o prazer que me dá enquanto o faço
É eterno e profundo, como um traço
Direto do seu coração para o meu
E, como você sabe, você é minha inspiração
Você é o que torna simples palavras
Num profundo sentido, de amor e mais nada
Pois é só amor e isso já é muito, meu coração
Eu só queria que você soubesse, por fim
Que de fim nosso amor não tem nada
Que se é pra sempre ou eterno, diferença não faz
Pois é você, e só você, meu amor,
meu pra sempre e eterno rapaz
domingo, 19 de maio de 2013
Tudo
Sabe
Você pra mim é muito
Muito do nivel tudo
Como domina meu mundo
Pra mim vale a pena
Só você e ninguém mais
Por que pra mim é você
Não quero outro jamais
Olha
Você é a beleza em carne
Por mais que você não ache
Eu tenho que dizer
Pra mim você é o céu
Pra mim você é o mar
Pra mim você é tudo
E gosto de te amar
Você pra mim é muito
Muito do nivel tudo
Como domina meu mundo
Só você e ninguém mais
Por que pra mim é você
Não quero outro jamais
Você é a beleza em carne
Por mais que você não ache
Eu tenho que dizer
Pra mim você é o mar
Pra mim você é tudo
E gosto de te amar
segunda-feira, 13 de maio de 2013
O Cosmonauta
Faz muito frio aqui, meu amor
Faz muito frio aqui em cima
Mas eu lutei, to lutando, amor
To lutando pelo nosso dia
To lutando e enfrentando
O Universo debandando
Pois nada será e nada seria
Sem seu amor eu não existiria
Nada será mais forte
Que o meu amor por você
Nem astros, nem tormentas
Nem deuses de outras estrelas
Ninguém me destruirá
Por você, vou até o fim
Será minha morada, do Universo o fim
Se com isso eu ganhar o te ter
Faz muito frio aqui em cima
Mas eu lutei, to lutando, amor
To lutando pelo nosso dia
O Universo debandando
Pois nada será e nada seria
Sem seu amor eu não existiria
Que o meu amor por você
Nem astros, nem tormentas
Nem deuses de outras estrelas
Por você, vou até o fim
Será minha morada, do Universo o fim
Se com isso eu ganhar o te ter
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Seu olho
Seu olho tem um universo inteiro
Rodopiantes estrelas preenchem a cor
As nuvens repletas no céu
Guardam um sol unico que é meu
Os planetas que se entrelaçam
Numa linda dança do poder do amor
Abraçam o sol do seu ser
Num oceano de prazer
Nebulosas coloridas
Grama verdinha
Cometas a viajar
Terra, areia e mar
Lá está o meu amor
Abraço a minha paz
Isso tudo em um olho só, pois
Imagina então em dois
Rodopiantes estrelas preenchem a cor
As nuvens repletas no céu
Guardam um sol unico que é meu
Numa linda dança do poder do amor
Abraçam o sol do seu ser
Num oceano de prazer
Grama verdinha
Cometas a viajar
Terra, areia e mar
Abraço a minha paz
Isso tudo em um olho só, pois
Imagina então em dois
quinta-feira, 2 de maio de 2013
Eu e você
Um universo sem eu e você
Por si só já é incompleto
Pois na supremacia de seu saber
O universo juntou eu e você
Na verdade do poder
O universo sabia que eu e você
Deveríamos ser um do outro
E pois fez que fosse
Há quantas vidas já fomos
E quantas ainda seremos
Desse nosso perfeito jeito
Do jeito que só eu e você sabemos ser?
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Por si só já é incompleto
Pois na supremacia de seu saber
O universo juntou eu e você
O universo sabia que eu e você
Deveríamos ser um do outro
E pois fez que fosse
E quantas ainda seremos
Desse nosso perfeito jeito
Do jeito que só eu e você sabemos ser?
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sexta-feira, 26 de abril de 2013
Saudade
Saudade é pedaço que não se encaixa
Quando parte sua vai e parte sua vem
É parte da alma que foi junto
Embora pra além
É dor que não se entende no emocional
Porque saudade é distância física e racional
Dum Universo que se entendeu com distância
Pra medida de espaço casual
Pra alma não há espaço
E ela não entende
Que se for seguir o ser amado
O ser que fica sente
E eu sinto e sinto muito
Porque parte de mim sempre vai com você
Mas fico feliz quando volta
Em meus braços te ter
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Remédio
Te amar me traz tanta paz
Que eu já esqueci como era não te ter
Na verdade eu até lembro
Mas seu sorriso curou a dor
Que era antes de te conhecer
Que eu já esqueci como era não te ter
Na verdade eu até lembro
Mas seu sorriso curou a dor
Que era antes de te conhecer
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Épico Amor
Nem o coração mais pedra
Nem o cético dos céticos
Nem o frio destemido em dor
Resiste ao verdadeiro amor
Nem o inverno mais longo
Nem o ódio mais rancoroso
Nem a noite mais escura
São páreo pro amor vitorioso
Nem a teimosia amarga
Nem a vontade contrária
Nem a maldade atada
Vencem o amor Esparta
Quando dois seres se amam
Não existe no mundo humano
Ódio ou o que seja que vença
Pois dois vencem mil
No amor real e sutil
Não existe felicidade suficiente
Nem riquezas transbordantes
Nem luxos e requintes
Que atropelem o amor simples
É o maior poder
É o maior valor
É a maior certeza
É a maior nobreza
O amor que tudo vence
Tudo conquista
Tudo transforma
Tudo supera
Tudo suporta
Tudo perdura
Tudo conclama
E tudo ama
Nem o cético dos céticos
Nem o frio destemido em dor
Resiste ao verdadeiro amor
Nem o ódio mais rancoroso
Nem a noite mais escura
São páreo pro amor vitorioso
Nem a vontade contrária
Nem a maldade atada
Vencem o amor Esparta
Não existe no mundo humano
Ódio ou o que seja que vença
Pois dois vencem mil
No amor real e sutil
Nem riquezas transbordantes
Nem luxos e requintes
Que atropelem o amor simples
É o maior valor
É a maior certeza
É a maior nobreza
Tudo conquista
Tudo transforma
Tudo supera
Tudo suporta
Tudo perdura
Tudo conclama
E tudo ama
terça-feira, 16 de abril de 2013
Nosso mundo
Ah
Se você pudesse
Uma vez na vida
Ver e perceber
Tudo que eu sinto
Por você
Seria injusto
Com o resto do mundo
Pois de nada mais adiantaria
Ja que o que te faço
Ninguém e nada suplantaria
Prefiro que assim seja
Pois você sabe
Que o que te ofereço
É um mundo inteiro
E você ainda pode
Viver seu belo mundo
Sempre ao lado meu
Inesperado da surpresa
Que ofereço no dia a dia
Desse nosso belo mundo
que brilha
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Se você pudesse
Uma vez na vida
Ver e perceber
Tudo que eu sinto
Por você
Com o resto do mundo
Pois de nada mais adiantaria
Ja que o que te faço
Ninguém e nada suplantaria
Pois você sabe
Que o que te ofereço
É um mundo inteiro
E você ainda pode
Viver seu belo mundo
Sempre ao lado meu
Inesperado da surpresa
Que ofereço no dia a dia
Desse nosso belo mundo
que brilha
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segunda-feira, 15 de abril de 2013
Cronicasia Vol 2
Luana
Era ela a bela
Du jour e da noite
Mas não resvala na santidade
E não fazia por bondade
Mas o dinheiro era bom
E a necessidade
Era a verdade
Mas não sabia
Que viria
No seu Castelo com Rio Branco
O Cavaleiro de armadura
Na sua perua branca
Mas no fim, não era cavaleiro
Era só um cliente passageiro
Era ela a bela
Du jour e da noite
Mas não resvala na santidade
E não fazia por bondade
Mas o dinheiro era bom
E a necessidade
Era a verdade
Mas não sabia
Que viria
No seu Castelo com Rio Branco
O Cavaleiro de armadura
Na sua perua branca
Mas no fim, não era cavaleiro
Era só um cliente passageiro
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Com você
Meu amor
Eu já não sei viver sem você
E a falta eu já não sei entender
O que sua ausência me causou
Sinto só
Mas cada vinda sua vivo eu
E cada abraço meu, risos seus
Restauram minha alma só do pó
E a cada olhar seu
Eu acredito
E a cada toque seu
Meu arrepio
E a cada momento
Eu vou te amar
Por toda minha vida
Eu já não sei viver sem você
E a falta eu já não sei entender
O que sua ausência me causou
Mas cada vinda sua vivo eu
E cada abraço meu, risos seus
Restauram minha alma só do pó
Eu acredito
E a cada toque seu
Meu arrepio
E a cada momento
Eu vou te amar
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Empurrão
Chegou e me atropelou
Me desnorteou
Me deixou
Sem ar
Não demorou a me ter
Me tirou do sério
Sem mistério
Sem mais
Eu já te quero sempre
Imagino futuro
Já sei que
É você
E se for pra sempre, será
E se for pra ter-me, terás
E se for pra viver, agora
Mas a gente pode ajudar
Com um empurrão
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Cronicasia
Dante e Vinicius bebiam,
para se lembrarem de quem eram.
A vida os fez esquecer.
E bebiam olhando a rua,
vendo a vida alheia refletindo as suas
e conversando e discordando e afirmando.
Só sabiam que na próxima terça
Iriam se lembrar
de irem se lembrar
na mesma hora e lugar.
Pena que um dia,
a vida e o tempo
os fariam esquecer uma terça
e outra
e outra
e outra
e outra...
para se lembrarem de quem eram.
A vida os fez esquecer.
E bebiam olhando a rua,
vendo a vida alheia refletindo as suas
e conversando e discordando e afirmando.
Só sabiam que na próxima terça
Iriam se lembrar
de irem se lembrar
na mesma hora e lugar.
Pena que um dia,
a vida e o tempo
os fariam esquecer uma terça
e outra
e outra
e outra
e outra...
sábado, 30 de março de 2013
Conjunto
Bem-me-quer
Raramente me rendeu
Um único dia me valeu
No seu eterno ser
Olha nos meus olhos
E vê que não é
Pouco
Apenas muito de
Um único você
Lá estará
O nosso eterno
Pra sempre
Respondo e
Apenas posso dizer
Sim
E nada mais
Mais nada eu quero
Posso ser seu,
Responda,
Eternamente?
quarta-feira, 27 de março de 2013
Vou te amar
Como você é lindo
Você tem a beleza
E pode ter certeza
Que eu vou te amar
Para de tanto medo
Abra os seus braços
Vem ao meu encontro
Que eu vou te amar
Sinta o mesmo que eu
Eu sei que você sente
Pare logo de fingir
E eu vou te amar
Você pode sentir
Pode ver o meu mundo
Sentimento profundo
E eu vou te amar
Você tem a beleza
E pode ter certeza
Que eu vou te amar
Abra os seus braços
Vem ao meu encontro
Que eu vou te amar
Eu sei que você sente
Pare logo de fingir
E eu vou te amar
Pode ver o meu mundo
Sentimento profundo
E eu vou te amar
Contraste
Todos os deuses das artes
Se unem aos deuses do amor
Celebram o canto da vida
Com muita paz, mas muita dor
Quando se cria todo um novo mundo
No amor que se deposita em tal
Celebram o movimento triunfante
Com muito vida, mas muito mal
Na junção da luz e trevas
No que resta não vem cinza
Muitas cores se despertam
Com muito céu, mas muito inferno
Eu celebro o equilíbrio
Do eterno contrastante
Se unem aos deuses do amor
Celebram o canto da vida
Com muita paz, mas muita dor
No amor que se deposita em tal
Celebram o movimento triunfante
Com muito vida, mas muito mal
No que resta não vem cinza
Muitas cores se despertam
Com muito céu, mas muito inferno
Do eterno contrastante
Pois mais vale a ambivalência
Do que a morte estafante
.......... da rotina
segunda-feira, 25 de março de 2013
Completo
Você sente aquela mesma dor
Aquele mesmo condensar
Quando cismamos em nos apartar?
Aquele mesmo pesar
Diz, então, sentirás
Se algum dia faltar?
Faltar o que poderia ser seu
Sempre seu, e sempre meu
Sem nada a faltar jamais
Por hoje e sempre mais
Pois o que me falta, você tem
E o que tenho a ti é tudo
Pois de forma ou outra
Você completa o meu mundo
domingo, 24 de março de 2013
E foi assim
E foi assim
Que do nada veio
O que eu menos esperava
Por tal coisa minha alma ansiava
Mas eu sequer percebi esse meu fim
O fim do meu ser eu-sozinho
Quando me dei conta
Caí
E foi assim
quinta-feira, 21 de março de 2013
Anna Karenina
Mesmo com as poucas informações que eu tinha sobre esse filme, a vontade de vê-lo não diminuiu em momento algum. Eu queria ter visto ANTES do Oscar, mas não rolou a possibilidade. Mas tudo bem, pois a espera compensou.
Primeiro, digo que, mesmo que você não goste de filmes de época, vale a pena a ida ao cinema (e perceba "cinema", pois a tela grande e a qualidade boa de imagem contam na experiência final) para se deliciar com esse fantástico filme.
O filme narra a história de Anna Karenina, uma mulher da alta sociedade russa do século XIX, casada com um oficial do governo em São Petersburgo. Ao ir para Moscou, impedir que o casamento de seu irmão galinha desmoronasse, ela conhece Alexei Vronsky e ambos mergulham num romance proibido.
O grande trunfo do diretor Joe Wright foi rodar o filme inteiro (exceto por pequenos trechos) dentro de um teatro, destacando o lado "teatral", cheio de espetáculos e roteirizado ao extremo da vida da alta sociedade. Somente dois personagens, e em momentos marcantes, deixam o teatro para sair ao mundo real e aberto (e aqui Joe Wright abusa de planos imensos e menos sufocantes do que o interior do teatro).
Interessante destacar que, para mostrar como a vida mais teatralizada de todas é a de Anna com seu marido, as cenas com Karenin se passam emblematicamente em cima do palco, inclusive, a entrada da casa dos Karenins é a entrada do teatro (precisa dizer mais?).
Outra coisa muito legal são os passos e movimentos com um ar de "coreografia" de alguns personagens.
Já no figurino, interessante perceber como a roupa de Anna passa de tons escuros e melancólicos para claros e alegres após se envolver com Vronsky.
Claro que nada disso seria espetacular se não fosse pela fantástica obra de Tolstoy (que inclusive, acho que vale a pena a leitura), que narra toda essa história para nos fazer refletir, como num dialogo do filme: "Como sabemos distinguir o que é certo e errado?".
No final, muito interessante perceber a última cena do filme! Não vou dar spoilers, mas perceba como o filme se encerra e onde se passa a última cena. Joe Wright fecha com a melhor metáfora um dos filmes mais metafóricos de 2012.
Nota: 8,5/10
Primeiro, digo que, mesmo que você não goste de filmes de época, vale a pena a ida ao cinema (e perceba "cinema", pois a tela grande e a qualidade boa de imagem contam na experiência final) para se deliciar com esse fantástico filme.
O filme narra a história de Anna Karenina, uma mulher da alta sociedade russa do século XIX, casada com um oficial do governo em São Petersburgo. Ao ir para Moscou, impedir que o casamento de seu irmão galinha desmoronasse, ela conhece Alexei Vronsky e ambos mergulham num romance proibido.
O grande trunfo do diretor Joe Wright foi rodar o filme inteiro (exceto por pequenos trechos) dentro de um teatro, destacando o lado "teatral", cheio de espetáculos e roteirizado ao extremo da vida da alta sociedade. Somente dois personagens, e em momentos marcantes, deixam o teatro para sair ao mundo real e aberto (e aqui Joe Wright abusa de planos imensos e menos sufocantes do que o interior do teatro).
Interessante destacar que, para mostrar como a vida mais teatralizada de todas é a de Anna com seu marido, as cenas com Karenin se passam emblematicamente em cima do palco, inclusive, a entrada da casa dos Karenins é a entrada do teatro (precisa dizer mais?).
Outra coisa muito legal são os passos e movimentos com um ar de "coreografia" de alguns personagens.
Já no figurino, interessante perceber como a roupa de Anna passa de tons escuros e melancólicos para claros e alegres após se envolver com Vronsky.
Claro que nada disso seria espetacular se não fosse pela fantástica obra de Tolstoy (que inclusive, acho que vale a pena a leitura), que narra toda essa história para nos fazer refletir, como num dialogo do filme: "Como sabemos distinguir o que é certo e errado?".
No final, muito interessante perceber a última cena do filme! Não vou dar spoilers, mas perceba como o filme se encerra e onde se passa a última cena. Joe Wright fecha com a melhor metáfora um dos filmes mais metafóricos de 2012.
Nota: 8,5/10
domingo, 10 de março de 2013
Indomável Sonhadora
Comemorando minha 20ª postagem aqui pra abrir um novo tópico: comentários de filmes que vi. Não vou ser prepotente de querer fazer uma crítica, claro. São só breves comentários e minha opinião sobre os filmes. E pra começar, um que vi essa semana e foi muito marcante: Indomável Sonhadora.
Pra quem não conhece, Beasts of the Southern Wild (o título original, que pra mim faz muito mais sentido), é baseado numa peça chamada Juicy and Delicious. O filme conta a história de Hushpuppy e seu pai, moradores de uma vila no sul dos Estados Unidos (algum lugar como Louisianna, não fica claro no filme) e seus problemas e aventuras. Não posso falar muita coisa sem dar muito spoiler, mas digo que, dos filmes que vi indicados ao Oscar de melhor filme (ainda não vi Argo, então não posso falar muito), acho que esse é o melhor.
O filme é de uma simplicidade ímpar! Não existem grandes efeitos, cenários colossais, milhões de figurantes, mas é, do início ao fim, um filme jornada. É um filme de fantasia dos mais reais que já vi. A história é super tocante e simples, mas tudo ganha traços muito marcantes graças ao olhar forte da atriz-mirim (que realmente mereceu a indicação) Quvenzhané Wallis. A garota leva o filme inteiro nas costas e parece totalmente preparada pra isso.
A cena mais impactante do filme, no final, é também a mais poética. O filme inteiro é cheio de analogias e metáforas sobre a vida e duvido que duas pessoas verão o filme do mesmo jeito. Assim como duvido que alguém consiga desligar a TV depois de ver o filme com olhos secos.
Aconselho totalmente esse fantástico filme.
Nota: 9/10
Pra quem não conhece, Beasts of the Southern Wild (o título original, que pra mim faz muito mais sentido), é baseado numa peça chamada Juicy and Delicious. O filme conta a história de Hushpuppy e seu pai, moradores de uma vila no sul dos Estados Unidos (algum lugar como Louisianna, não fica claro no filme) e seus problemas e aventuras. Não posso falar muita coisa sem dar muito spoiler, mas digo que, dos filmes que vi indicados ao Oscar de melhor filme (ainda não vi Argo, então não posso falar muito), acho que esse é o melhor.
O filme é de uma simplicidade ímpar! Não existem grandes efeitos, cenários colossais, milhões de figurantes, mas é, do início ao fim, um filme jornada. É um filme de fantasia dos mais reais que já vi. A história é super tocante e simples, mas tudo ganha traços muito marcantes graças ao olhar forte da atriz-mirim (que realmente mereceu a indicação) Quvenzhané Wallis. A garota leva o filme inteiro nas costas e parece totalmente preparada pra isso.
A cena mais impactante do filme, no final, é também a mais poética. O filme inteiro é cheio de analogias e metáforas sobre a vida e duvido que duas pessoas verão o filme do mesmo jeito. Assim como duvido que alguém consiga desligar a TV depois de ver o filme com olhos secos.
Aconselho totalmente esse fantástico filme.
Nota: 9/10
quinta-feira, 7 de março de 2013
A Fera
A fera rugiu
Do alto de sua fortaleza
Não era tristeza
Não era loucura
A fera rugiu
Subindo as escadas
Não era tristeza
Não era nada
A fera rugiu
Gritou errada
Surtou em loucura
Ficou a tristeza
Em cima da mesa
Não tinha nada
Apenas loucuras
Ditas do nada
A fera rugiu
A fera rugiu
A fera estava louca
Jogando até a louça
Matando qualquer palavra
alheia
A fera matou
A fera feriu
A fera atacou
A fera rugiu
A fera gritou
A fera fechou
A porta na cara
Se trancou
Não queria nada
Sumiu
Nem na sacada
Nem na cozinha
Nem na sala
Nem em nada
A fera fugiu
Do alto de sua fortaleza
Não era tristeza
Não era loucura
Subindo as escadas
Não era tristeza
Não era nada
Gritou errada
Surtou em loucura
Ficou a tristeza
Não tinha nada
Apenas loucuras
Ditas do nada
A fera rugiu
A fera estava louca
Jogando até a louça
Matando qualquer palavra
alheia
A fera feriu
A fera atacou
A fera rugiu
A fera gritou
A fera fechou
Se trancou
Não queria nada
Sumiu
Nem na sacada
Nem na cozinha
Nem na sala
Nem em nada
segunda-feira, 4 de março de 2013
Aquelas tardes
São naquelas tardes
De chuva infinta
Que toda a verdade da vida
Se revela ao pensar
O pensar profundo e meditativo
Que atinge repentinamente
A mente que trabalha
No ócio delicioso do existir
E para refletir e ser
Basta ver
Que profundamente
Tudo é verdade até não ser
E com o vento da rotina
Tudo se esvai
Em pequenas verdades
Microscópicas realidades
E assim a mente se perde em sonhos
Em indas e vindas de pensamentos
Cada quais percebendo um momento
Cada quais profundos em si próprios
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
A amizade
De todos os segredos da Vida
A amizade imortal
É o que mais atiça
Minha racionalidade
Pois de tudo que ela me dá
O que é mais real
É a pureza noviça
Quase religiosidade
Indômita e destemida
Forte sem igual
Como tal treliça
Que independe da idade
Tomara que pelas idas
Da vida como tal
Não se faça injustiça
O amor da amizade imortal
Cede
Cede
Feito que é carne
Cede
Feito que é ser
De todo um amor
Eterno e sereno
Preferistes o nada
Do vazio espaço
Cede
Apronta o cerne
Cede
Nada mais ter
Com todo o futuro
Provável e incerto
Preferistes a paralizia
Do medo eterno
Cede
Ao improvável futuro
Cede
Ao calor do momento
Cede
Ao prazer de me ter
Feito que é carne
Cede
Feito que é ser
Eterno e sereno
Preferistes o nada
Do vazio espaço
Apronta o cerne
Cede
Nada mais ter
Provável e incerto
Preferistes a paralizia
Do medo eterno
Ao improvável futuro
Cede
Ao calor do momento
Cede
Ao prazer de me ter
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Silêncio
Cala-te
Na noite quente
Que vento nenhum
Trás conforto
Cala-te
Do murmúrio dos lábios
Qual simples presságio
Me fez vacilar
Cala-te
Pois cantar é tão fácil
Pra longe do ouvido
Que julguei ser teu
Cale-me
Pois se não me amas
Não posso achar
Que algum dia serás meu
Eterno
Todo meu amor
A ti será eterno.
Infindável, imortal tempo
Lento e inestimável contento
Ardor suave e terno
Nada se compararia.
Em brilhantes chamas
Unicamente para mim
Teu coração palpitaria
E assim diria:
Amo-te e você a mim.
Mais do que sempre
O meu amor não terá fim
A ti será eterno.
Infindável, imortal tempo
Lento e inestimável contento
Ardor suave e terno
Nada se compararia.
Em brilhantes chamas
Unicamente para mim
Teu coração palpitaria
E assim diria:
Amo-te e você a mim.
Mais do que sempre
O meu amor não terá fim
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Malabarismo
Quando a cortina cai
A luz do palco some
Seu sorriso simples
Não ilumina a alma
Que pra longe vai
Que pena que pensas
Que me giras na mão
Pois tonto não rodo
Não me terás no chão
Jamais
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Trova do adeus
Parto sim pois nunca o vi
Levo junto o coração
Qu'ele pareceu não ver
Estendido em suas mãos
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Asas Negras
Àquele eterno abismo
Descende na espiral do seu ser
O voo das asas negras evito
Por mais quanto tempo sofrer?
Ermos ventos d'oeste sobem
Que soprem debaixo de minhas asas
Estas grandes asas negras
Que de tudo fazem nada
Da terra ao sul, ao norte, ao oeste
Levantaria um cavaleiro em branco
Brandindo sua espada de prata bradando:
"Do meu coração ardente clamo"
"Morro por ti sem pestanejar
Minha vida entrego em teu lugar
Ajudar-te-ei a se levantar
Não mais dessas asas precisarás"
Rasante em calma a ele eu iria
Com seus braços ao teu peito me puxaria
Semblante a semblante, meus olhos nos dele
Momento sublime e eterno aquele
Descende na espiral do seu ser
O voo das asas negras evito
Por mais quanto tempo sofrer?
Que soprem debaixo de minhas asas
Estas grandes asas negras
Que de tudo fazem nada
Levantaria um cavaleiro em branco
Brandindo sua espada de prata bradando:
"Do meu coração ardente clamo"
Minha vida entrego em teu lugar
Ajudar-te-ei a se levantar
Não mais dessas asas precisarás"
Com seus braços ao teu peito me puxaria
Semblante a semblante, meus olhos nos dele
Momento sublime e eterno aquele
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Defesa
Quando prevalece meu eu
Me salvo dos seus anseios
Que jogas nos meus olhos
Sem medo de errar
Pois sempre acertam
O fundo da minh'alma
Rondam meu intento
Depois sobra meu pesar
Atente ao que fazes
Ao meu coração bondoso
Pois de pedra em pedra
Sobrará apenas o vazio do meu
Olhar
Me salvo dos seus anseios
Que jogas nos meus olhos
Sem medo de errar
O fundo da minh'alma
Rondam meu intento
Depois sobra meu pesar
Ao meu coração bondoso
Pois de pedra em pedra
Sobrará apenas o vazio do meu
Olhar
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Soneto da criação
O criador e sua cria
Nem sempre de mãos dadas
Ela foi expulsa de sua mente
Num mundo, despreparada
O sufoco a empurrou pra fora
No seu ser ela crescia
O ser não cabe em si próprio
E é por isso que a gente cria
Por muito ela sai crua
Seu tom faz por si própria
A cria faz a rua
E o caminho, qual profundo
Fez-se sozinho, depois
Que escolheu trilhar o mundo
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Quartetos da devoção
E agora só as três restam
Perduram pelo tempo
Resolutas e teimosas
Como velhas prosas
Sem dizer
Sem sorrir
Sem acreditar
Sem amar
São as conhecidas
De qualquer devoto da tristeza
Pois esta é uma delas
Uma das que acendem velas
Com carinho
Compaixão
Certo modo
Errado chão
Essas três são, então
A tristeza, a alegria
E muito da segunda
Me acarreta a terceira:
A devoção.
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Imensidão
A minha imensidão o céu não cobre
A minha imensidão não cobre o mar
A minha imensidão não cobre a terra
Quando cismas em me olhar
Mas seu olhar me cobre inteiro
Seu olhar cobre o meu mar
No seu olhar reside minha terra
E o meu céu vem me olhar
Minhas estrelas te percorrem
Meus sóis em seu brilhar
Meu vento em seus sorrisos
Meu ar seu ser me dá
Meu eu todo seu eu é
Meu céu, terra e mar
Criaste todo um universo
Tudo só através da imensidão do seu olhar
A minha imensidão não cobre o mar
A minha imensidão não cobre a terra
Quando cismas em me olhar
Seu olhar cobre o meu mar
No seu olhar reside minha terra
E o meu céu vem me olhar
Meus sóis em seu brilhar
Meu vento em seus sorrisos
Meu ar seu ser me dá
Meu céu, terra e mar
Criaste todo um universo
Tudo só através da imensidão do seu olhar
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Pedras preciosas
Essas safiras que chamas de olhos
Acendem a chama em meu olhar
Dentro de mim, a pedra aviva
Bate forte ao me tocar
Suas pedras não só brilham
Não só preciosas elas são
Pois minha pedra transformaram
De rubi em coração
No fundo de minha terra
Na gravidade de seu ser
Sua fonte me transforma
Dá mais vida a um viver
Que já existia
Já era terra
Mas era pedra
Não era nada
Seu toque criou o que vê
Seu vento criou o que vê
Tanta preciosidade como esta
Só pode existir graças a você
Acendem a chama em meu olhar
Dentro de mim, a pedra aviva
Bate forte ao me tocar
Não só preciosas elas são
Pois minha pedra transformaram
De rubi em coração
Na gravidade de seu ser
Sua fonte me transforma
Dá mais vida a um viver
Já era terra
Mas era pedra
Não era nada
Seu vento criou o que vê
Tanta preciosidade como esta
Só pode existir graças a você
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