segunda-feira, 8 de junho de 2015

Por que Vênus?

Muita gente me indaga por que metade dos meus poemas falam sobre o panteão greco-romano de um modo mais "elevado".
Não sou pagão, politeísta, não me importo de seguir uma religião morta (eles já foram deuses, claro, mas nem mesmo os gregos/romanos os viam como deuses no sentido stricto sensu da palavra. Mas isso é assunto pra outro post).
É muito simples, na verdade. Não tem a ver com paganismo, politeísmo ou qualquer outra coisa. É simplesmente porque o panteão greco-romano simboliza esteriótipos consagrados na sociedade ocidental, o que facilita e muito o modo como preciso que meus leitores interpretem meus poemas.
Apolo, por exemplo, deus do Sol, das artes e da beleza, sintetiza a ideia, propriamente, da beleza, da inteligência para as artes, da iluminação. É até bem simples quando pensamos.
E então, minha amada Vênus. Tanto ela quanto sua versão grega (Afrodite), são as divindades representantes do afeto, até certo ponto, do amor também (Eros e Anteros também são encarregados disso), e, assim como Apolo, parte também do arquétipo da beleza.
E é exatamente o arquétipo de beleza e amor que me encanta em Vênus/Afrodite. É esse arquétipo que eu busco na minha poesia. Essa ideia, já encrustada na sociedade, do arquétipo greco-romano do amor.
E aí, podemos evolui-lo para a visão romantica do amor, lá do século XIX. Mas isso daí já é outro assunto e outro post =)

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