segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Até os Reis caem

Toda batalha tem um fim
Toda guerra um final
Acaba sem porvir
Mas ergue a cabeça
                        Afinal

Até os Reis caem
Mas não perdem a majestade
Pois muito mais erguida deve estar
A cabeça que a coroa estava a segurar

Não se abata, saiba
Que quem é rei, sempre será
Rei não perde o nome
Rei só passa em frente
O que é e sempre irá herdar

sábado, 27 de setembro de 2014

Indagação

Quem sou eu?
Até onde eu vou?
Quão forte eu sou?
Sou mesmo eu?

Talvez eu nunca consiga
Responder a nada disso
A gente se vê no espelho
De quem a gente vê existindo

O maior desespero, talvez
Seja nunca saber, por tal
Se o que eu sou me faz feliz
Ou se me engano em felicidade fatal

Mas esse espaço que me tem
Que me segura e me contém
Como faço pra reverter?
A dor do ser?

Será possível algum dia saber
Completar com algo ou alguém
Ou já faço errado por si
Tentando preencher com um "quem"?

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Som da madrugada

Os sons do infinito da madrugada
Se os ouvirdes
Faça-se saber

São os sons dos meus suspiros
Do coração frouxo
Que bate por você

Aperta com chave de saudade
Conserta e passa óleo
No ranger do coração
Da madrugada solidão

Se ainda assim ouvirdes mais sons
Vem e me abraça num aperto
Pois é de desapego
Que chora meu coração