domingo, 22 de setembro de 2013

6 meses

Se apaixonar como se fosse o primeiro dia
Amar como se fossem 50 vidas
Abraçar como se fosse a última vez
Soltar e esperar a próxima vez

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

As Aventuras de Pi

Depois de muito tempo (e muitas insistências), finalmente assisti As Aventuras de Pi (Life of Pi, no original e, sinceramente, muito mais interessante como nome).
Primeiramente, preciso dizer que, no geral, o filme é bom e ponto. Não é nada demais e foi MUITO superestimado por muita gente. Talvez, como livro, funcione muito melhor, mas no cinema, só o que salvou mesmo foi a poesia visual.
Aliás, é no visual que o filme ganha muitos pontos, por conseguir traduzir toda a filosofia poética presente no livro, o que nos leva para a temática do filme: fé.
O filme começa com um pressuposto muito prepotente: Pi nos contará uma história que nos fará acreditar em Deus. A partir desse momento, a audiência já deve estar dividida, pois religiosos e pessoas de fé não precisam disso, e ateus convictos também não vão dar muita bola pra história.
A seguir, vemos o desenrolar de uma narrativa [bem] fantasiosa (e totalmente irreal em vários pontos), mas interessante, sem dúvidas, deixando a cargo do telespectador, no final, decidir entre um discurso duplo (e tendencioso), o qual não vou citar para não dar spoilers.
O mérito do filme definitivamente não é o roteiro. Talvez a atuação do jovem ator que passa o filme todo contracenando com um tigre digital (aliás, fantasticamente criado a partir do nada), a direção de Ang Lee que conseguiu, não sei como, amarrar esse filme e com certeza a parte visual que enche o que deveria ser a monótona viagem de um náufrago, durante 2 horas de filme. Mas, com certeza, não sentamos duas horas para ver um desfile de imagens bonitas.
No final, As Aventuras de Pi é na verdade uma tentativa de vender arte num cinema que agrade a todos. Essa mistura, por si só, é muito perigosa e precisa ser muito bem montada. Infelizmente, não foi o sucesso de Ang Lee nesse momento.
A sensação que tive ao levantar da sala, após ver o filme, foi de ter sido enganado por 2 horas. Com uma belíssima história, claro, mas de qualquer modo, enganado. Pois qualquer pessoa sã veria que aquela não é a história real.

Nota final - 6/10