quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Esquecer

Todos os dias estão sendo
Alguns simples, outros menos
Nenhum fácil, eu confesso

A vida continua sendo
Dias claros, outros densos
Nenhum rápido, que tormento

O coração vai batendo
Ainda triste, não entendo
Só sua falta, sentimento

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Sentimento

Eu sinto sua falta diariamente
Você ainda está preso
Na minha mente
Como uma memória
Persistente
Que se prende ao sentir
E não ao pensar

Eu só quero que você saiba
Que vou sempre pensar em você
Estou marcado, não é fácil
Você conseguiu um fato raro

Me abraça se quiser
Me chama quando der
Eu só quero seu sorrir
Você, tão lindo e ainda me faz
Sentir

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Soneto preso

Ainda que apático
Sou nostálgico
Por você

Ainda que tristonho
Eu sorrio
Pensando em você

Pense em mim
Nos momentos do seu dia
Liga e fala que ainda quer
Porque eu quero

Te abraçar e te sentir
Do meu lado
Como se nunca tivesse
Que sentir você
Sem ser de perto

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Canção da falta

Quanto mais o tempo passa
Mais se voa a dor
Já vai longe, embora
Já passou mais hora
Já não choro agora
O fim do amor

Mas ainda resta
Ainda me sobra
A memória boa que na mente adora
Se banquetear
Do saudismo da falta
De sem você estar

Volte um dia, um momento só
Que eu te abraço, depois espaço
Volto ao meu eu-só

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Desamor

Quando me soltou a mão?
Eu não percebi o momento
Me cabe o contento
Do meu desamar

Ai, que dor é a partida
Como dói o coração partido
Que dor o último sorriso
Do adeus eterno

Nesses versos destoantes
Não quero mais rimar
Me esforço e sigo em frente
Um coração que eu possa amar

terça-feira, 11 de agosto de 2015

DesSoneto

Oh Lua, por que me trai?
Por que afasta sua face
Pra longe de mim?

Oh Sol, por que me foge?
Por que torna meus dias
Em madrugada sem fim?

Onde me escondo a alma
Que já morre sem tais luzes
Que carregam as pesadas cruzes
Das lágrimas que formam o mar?

A meu eterno doce ser
Só basta a mim saber
Que de coração eu morro diariamente
Quando nem mesmo os Elementos me têm contente

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Soneto amargo

O amargo sabor da tristeza
Não compensa na doçura de nada
O sabor se sobe do coração partido
Morre na boca da alma despedaçada

Não existe mais no mundo pureza?
Não exista mais no mundo amor?
Minh'alma enfadada de tanta tristeza
Quer das pessoas um doce sabor

O mundo virou azedo
Da tristeza que paira
Arredia em desprezo

Não chora por alma
Cada segundo morre outra
Ergam os muros os trouxas

Que tristeza é o desamar

Shakespeare

Ao que me seria o ar
Ao que me basta comida
Se não em teus braços vivo eu?
Se não em meus braços adormeceu?

Qual fim me serve o sol
Qual luz me dá a lua
Se sem ti me deito todo dia?
Se sem mim não tens alegria?

De que serve o relógio
Se meu coração
Não conta as horas?

De que serve o tempo
Se aos apaixonados
O tempo é esmola?

Não me contento com esperar
Te desejo do dormir ao despertar
Me queres tanto também em braços teus?
Pois te desejo do fundo do coração meu

sábado, 8 de agosto de 2015

Julieta

Na alma me passam dias
Das horas que não te vejo
Pois cada minuto encerra dias
E cada hora, anos de desespero

Mande, pois, a mim notícias
Dos momentos todos quero saber
Pois vivo longe de ti, amor
Mas dói cada minuto desse viver

Quando me rever
Guarda um pedaço meu
E deixa um teu comigo

Que eu o guardo comigo
Debaixo do coração meu
Até o dia em que te reencontrar

Saiba que me mata o minuto
Que cada dia das horas me passa
Viver longe de ti é um martírio
E nem mesmo a morte me basta

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Foto Retrato

Olhe esse retrato
Repara o afeto
Que é dado
Olha

Disfarça o fato
Não deixa visível
Que você só olha
Só vive de ver
O retrato amado
De noite e de dia

Quem diria
Que estaria assim
Por ele, da foto
Tão afim?

Tão belo
Tão lindo
Tão longe
Mas sinto
Tão perto
De mim
Quando olho
A foto

Valsa unido

E foi assim que você
Me tirou para dançar

Fez meu corpo levantar
Esticou seus braços nos meus
Leu meus olhos
Incendiou o ser
Pegou na minha mão
Percebeu o meu querer
Entendeu meu coração

Já não preciso me perguntar
Tudo o que pensei lá atrás
Pois me fez saber
Que do que eu esperava
Você pode me dar muito mais

domingo, 2 de agosto de 2015

Advérbios

Francamente não digo
Rapidamente não quero
Antigamente era proibido
Notadamente te espero
Certamente tu veio
Ora, agora posso te falar

Que lindo és verdadeiramente
Acaso não vejas
Seguramente, não minto
Não se engana o que sinto