sexta-feira, 17 de junho de 2016

Vontade

O passo que me vem
Vacilante
Vem distante da minha mão
Bem de longe, disparate
Vem em vão

Não soubesse que me morre
A distância solidão
Tão medonha a noite
Que dos seus olhos escorre
Apavorante mão

Erga a mim, sem sequer saber
Erga a mão que toca
Haja força na coragem
Haja tempo no desejo
Faça força na vontade
Queira em mim o teu querer

Amanhece a vida
Permeia o braço
E o toque

Não mais distante, eu peço
Me vem o vento da esperança
Abre as asas que ele traz
O restante da sua paz