É estar disposto ao não-perdão
É estar consciente
De que pode não ser
É saber de tudo isso
E não temer
Amar por si só já é temor
Mas o temor que por si só
já é coragem
Que cria em nós virtude
E que sozinho une e reparte
Podes querer não amar
Podes querer não sofrer
Achar que trancando seu ser
seu coração
Não terás que distribuir perdão
E, realmente, seu coração se tornará
Mais forte, mais duro, mais por si
Mas não só mais, ele também será
um fim
E que fim espera o coração morno
Senão o mesmo fim do coração duro?
Pois a única certeza da não-dor
É também o não-amor-puro