quinta-feira, 5 de junho de 2014

O Diabo Veste Prada como alegoria e metáfora

Desde que fui efetivado, consigo perceber cada vez mais uma extrema semelhança com a analogia do Diabo Veste Prada. Eu digo analogia pois, pra mim, por mais real que aquela história seja (sim, é baseado em fatos reais MESMO), ainda assim é uma ótima analogia do "Primeiro Emprego".

O fim da vida fácil, o início da realidade e a quebra do sonho construído durante toda a infância e adolescência estão muito próximo ao que Andy passa nas páginas e no filme de imenso sucesso. A vida adulta (e o temido Primeiro Emprego) realmente são assim, sendo na Vogue ou em qualquer outro lugar: ninguém vai se importar com você o suficiente ou apenas se você puder fazer algo pra eles; seu chefe (ou alguém imediatamente superior a você) pode ser muito querido por todos, mas vai odiar você, talvez, e muitas vezes sem razão; a hora de almoço não é tão mágica quanto parece; o sonho dourado era uma falácia; a inabilidade de coordenar sua agenda, seu salário, que dirá uma saída com seus amigos, que você provavelmente não vê há séculos (pelo menos não todos juntos).

O Diabo Veste Prada não é um livro sobre as agruras do mundo da moda. Pode até parecer, numa análise rasa. Não, não. O livro e o filme tratam sobre algo tão real e palpável para todos, longe dos holofotes: o Primeiro Emprego.

A única coisa que soa na minha cabeça é a icônica frase do parceiro de escritório de Andy, Nigel, quando ela reclama da situação desesperadora em que se encontra sua vida pessoal: "Isso é o que acontece quando você começa a ir bem no trabalho. Me avisa quando sua vida inteira virar cinzas: significa que está na hora de uma promoção"

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